segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Residência Artística Arrasta Ilha 2018: dia 13

21/01/2018

Agora as saídas são diárias dos integrantes dessa residência. O vazio e silêncio por alguns cômodos aumentam. Mas junto a isso há a sensação de que tudo deu certo e que saímos mais plenos do que quando chegamos.
 
Hoje foi o último dia de atividades relacionadas ao maracatu. Alguns integrantes foram para o ensaio do Baque Mulher na comunidade do Pina, em frente à Nação de Maracatu Porto Rico. Lá nos despedimos calorosamente de todos desejando um lindo carnaval e de lá fomos pra Olinda, no bairro de Águas Compridas.
 
Porém desta vez o destino era o Centro Africano São João Batista, terreiro de candomblé nagô, herdado pelo Mestre Afonso de seu pai que também era babalorixá. Mestre Afonso aliás nem se coloca nesse lugar, para ele sua função é ser um zelador de toda essa espiritualidade.
 
Assistimos ao ritual de toque pra Obaluaê. O xirê iniciou e a cada orixá que era reverenciado agradecemos por tudo que vivemos, por todos os ensinamentos obtidos e o axé emitido a cada zuela. Para muitos de nós era primeira vez em um terreiro de candomblé, ou mesmo num terreiro de religião de matriz africana.
 
Voltamos para casa quase meia-noite passada já com saudades dessa família nação que tão bem nos acolheu. Alguns de nós não conseguiram ir pois foram direto ao encontro de afoxés que haveria no centro de Recife, mas este encontro não aconteceu.
Nossos vassalos, nossos vassalos,
brinca rainha e dama do paço.
Lanceiro, lanceiro,
Leão Coroado é nação verdadeira!

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