Agora as saídas são diárias dos
integrantes dessa residência. O vazio e silêncio por alguns cômodos
aumentam. Mas junto a isso há a sensação de que tudo deu certo e que
saímos mais plenos do que quando chegamos.
Hoje foi o último
dia de atividades relacionadas ao maracatu. Alguns integrantes foram
para o ensaio do Baque Mulher na comunidade do Pina, em frente à Nação
de Maracatu Porto Rico. Lá nos despedimos calorosamente de todos
desejando um lindo carnaval e de lá fomos pra Olinda, no bairro de Águas
Compridas.
Porém desta vez o destino era o Centro Africano
São João Batista, terreiro de candomblé nagô, herdado pelo Mestre Afonso
de seu pai que também era babalorixá. Mestre Afonso aliás nem se coloca
nesse lugar, para ele sua função é ser um zelador de toda essa
espiritualidade.
Assistimos ao ritual de toque pra Obaluaê. O
xirê iniciou e a cada orixá que era reverenciado agradecemos por tudo
que vivemos, por todos os ensinamentos obtidos e o axé emitido a cada
zuela. Para muitos de nós era primeira vez em um terreiro de candomblé,
ou mesmo num terreiro de religião de matriz africana.
Voltamos
para casa quase meia-noite passada já com saudades dessa família nação
que tão bem nos acolheu. Alguns de nós não conseguiram ir pois foram
direto ao encontro de afoxés que haveria no centro de Recife, mas este
encontro não aconteceu.
Nossos vassalos, nossos vassalos,brinca rainha e dama do paço.Lanceiro, lanceiro,Leão Coroado é nação verdadeira!
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